“Meus ouvidos afeiçoavam vozes que não existiam ali.
Eu, quieta. Você, calado —e frio— como uma pedra.
Só havia conosco o silêncio tomando espaço. Silêncio, que mais parecia uma muralha de vidro entre nossas bocas abotoadas; Ali, por instantes, desejei que viesse a morte, o vento, o adeus, ou até um fim desastroso… Mas nada era pior do que me torturar por dentro sem saber as palavras que você engolia ao me olhar com tantos céus dentro dos teus olhos indecifráveis.”
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